Na indústria de energia solar, os termos EPC Full (EPC (Engineering, Procurement and Construction) e EPC BoS (Balance of System) referem-se a dois modelos distintos de contrato para a construção de usinas fotovoltaicas. Cada modelo tem características próprias e é adequado para diferentes situações, dependendo das necessidades da empresa que vai construir a própria usina solar.
Como EPCista, a SUNFOR Energia tem experiência na execução de obras de construção de usinas em modelos distintos. Por isso, pode explicar com mais propriedade os detalhes envolvidos em cada situação, ajudando a eliminar dúvidas iniciais.
Índice
- EPC Full: solução completa para construção de usina solar
- EPC BoS: foco na instalação da usina
- Como saber qual o melhor modelo?
EPC Full: solução completa para construção de usina solar
No modelo EPC Full, a empresa de engenharia é responsável por todos os aspectos relativos à obra da usina, desde o planejamento inicial até a ativação e início da produção de energia. Este modelo é abrangente e inclui:
- engenharia: layout detalhado do sistema fotovoltaico, incluindo cálculos técnicos para otimizar a geração de energia e garantir a viabilidade do projeto;
- procurement: aquisição de todos os materiais e equipamentos necessários, como painéis solares, inversores, estruturas de montagem e componentes elétricos. A empresa EPC escolhe fornecedores confiáveis para garantir a qualidade e a durabilidade da estrutura da usina;
- construção: instalação física da usina solar, o que envolve não só a montagem dos painéis e estruturas, mas também a integração dos sistemas elétricos e a conexão à rede, se aplicável;
- ativação: comissionamento da usina, incluindo testes de performance para assegurar que todos os componentes estão funcionando corretamente e a usina está pronta para operação.
O EPC Full é ideal para quem busca uma solução turn key, ou “chave na mão”, minimizando o risco e contanto com a responsabilidade técnica e administrativa da empresa EPCista.
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Outro ponto é a classificação dos equipamentos na fase de aquisição dos materiais para construção da usina. Isso porque eles podem ser classificados em “Curva A” e “Curva B”, o que reflete qualidade e confiabilidade.
Podemos dizer que “Curva A” são aqueles de alta qualidade e eficiência comprovada. Portanto, podem ser módulos solares, inversores, e outros componentes geralmente fabricados por empresas bem estabelecidas no mercado. Assim, oferecem garantias mais longas e melhores desempenhos, ideais para projetos nos quais se prioriza máxima eficiência e durabilidade.
No os de “Curva B” cumprem os requisitos técnicos necessários, mas podem ter um custo mais baixo. Esses componentes são uma opção viável para projetos com orçamentos mais restritos ou para situações em que o desempenho pode ser um pouco mais flexível.
Vale pontuar que quando se fala em aquisição de equipamentos, a ideia é que a empresa EPCista faça uma seleção cuidadosa de:
- módulos solares: podem ser painéis fotovoltaicos mono ou policristalinos, mas de alta eficiência e que se ajustem às condições do local, bem como das metas de produção de energia;
- inversores: equipamento essencial que fará a conversão da corrente contínua (DC) gerada pelos painéis em corrente alternada (AC), adequada para uso comercial respeitando a configuração de potencial da usina que está sendo construída;
- estrutura fixa ou trackers: são estruturas de montagem que podem ser fixas ou seguindo o movimento do sol, dependendo da maximização desejada da captação solar;
- cabos: cabos de alta qualidade para garantir a transmissão eficiente da energia e minimizar as perdas;
- skid: plataformas pré-montadas que facilitam a instalação dos equipamentos no local;
- cabine primária: utilizadas na acomodação dos componentes elétricos principais, como transformadores e quadros de distribuição.
EPC BoS: foco na instalação da usina
O modelo EPC BoS (Balance of System), por outro lado, envolve a participação da empresa de engenharia primariamente na fase de construção e instalação da usina. Neste modelo, o cliente ou um terceiro já realizou o layout do sistema e adquiriu os equipamentos. Assim, cabe à empresa de engenharia as seguintes execuções:
- instalação dos equipamentos: montagem dos painéis solares, instalação de inversores, e organização das estruturas de suporte;
- integração dos sistemas: conexão de todos os componentes elétricos, inclusive instalação das estruturas auxiliares;
- testes de funcionamento: realização de testes para garantir que a usina está pronta para a operação;
- comissionamento: é o processo final antes da usina entrar em operação e inclui testes detalhados, bem como inspeções para verificar se todos os componentes do sistema fotovoltaico estão instalados, configurados e funcionando adequadamente. O objetivo é assegurar que a usina está pronta para começar a produzir energia elétrica com segurança.
Vale reforçar que o “comissionamento” é vital para assegurar que o sistema integrado atenda às expectativas de desempenho, pois no formato BoS a empresa EPC não esteve envolvida em todas as fases da obra de construção da usina.
Portanto, é no processo de comissionamento que se pode identificar e corrigir quaisquer problemas que possam ter ocorrido durante a instalação, garantindo que a usina opere no máximo de sua capacidade desde o primeiro dia.
O EPC BoS é frequentemente escolhido por clientes que têm capacidade para gerenciar parte do projeto, mas precisam de especialização técnica específica para a execução e finalização da construção.
Como saber qual o melhor modelo?
Para saber qual a melhor solução, é preciso considerar, entre outros fatores, até mesmo o nível de envolvimento que o cliente deseja ter no projeto, bem como a complexidade da usina solar e a experiência de colabores internos com esse setor.
Então, ao optar por um modelo EPC Full geralmente se escolhe uma abordagem mais simplificada e de menor risco, ideal para clientes que preferem um serviço completo. Já o EPC BoS pode ser adequado para aqueles que têm controle sobre a engenharia e aquisição, mas necessitam de suporte especializado para a construção e instalação.
Independentemente do modelo escolhido, trabalhar com uma empresa especializada em engenharia de usinas solares, como a SUNFOR Energia, é crucial para garantir eficiência e qualidade à obra. E significa a mais segurança de que os recursos necessários para execução em grande escala serão geridos corretamente.
Por isso, acesse o nosso site para saber detalhes da construção de uma usina e descubra como podemos acelerar a implementação da energia solar na sua empresa.
Profissional com ampla experiência no setor elétrico, especialmente no setor fotovoltaico, onde atua há mais de cinco anos. Com formação em Direito e Especialização em Negócios, é membro do Conselho de Energia e Transição Energética da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Focado em oferecer soluções personalizadas e turn-key, elabora planejamentos estratégicos para atender às demandas específicas de cada cliente.